CPTM Linha 7

Contrato do Trem Intercidades deve ser assinado no final de 2020

Viagem experimental Trem Intercidades TIC
Viagem experimental Trem Intercidades (GESP)

O que você faz quando dois grandes portais de notícias dão informações conflitantes? Escolhe um deles e “reproduz” o conteúdo sem questionar ou vai atrás dos repórteres e da assessoria de imprensa para apurar a informação? Foi a segunda opção que fizemos aqui no Ferroviando sobre os prazos do edital do Trem Intercidades (TIC) e da concessão da Linha 7 Rubi da CPTM.

Após lermos a entrevista da IstoÉ Dinheiro com o Vice-Governador e Secretário de Governo Rodrigo Garcia, dizendo que o edital do Trem Intercidades sai no começo de 2020 e posteriormente ler reportagem da Valor dizendo que o edital sai no final de 2020 decidimos correr atrás da informação.

Lembrando que o prazo anterior era o edital ser liberado ao final de 2019. Por isso a notícia do portal Valor Econômico ligou nosso alerta, afinal um atraso de 12 meses não tem lógica.

Contatamos a assessora do Vice-Governador que prontamente confirmou que o edital do Trem Intercidades será lançado no começo de 2020. Já a previsão de assinatura do contrato é final de 2020.

O Vice-Governador Rodrigo Garcia, em um evento na sexta-feira, novamente falou da questão de compartilhamento de vias de acordo com o site Valor Econômico: “Há uma previsão expressa da obrigatoriedade de compartilhar trilhos com governo do Estado, é uma premissa

A reportagem ainda diz sobre o trajeto do TIC: “A linha ferroviária deverá ligar São Paulo a Campinas e, em um segundo momento, chegar até a cidade de Americana

Já na entrevista da IstoÉ Dinheiro foi citada a renovação do contrato da MRS: “No esforço para tirar o trem de Campinas do papel, a parceria com Doria é essencial. A aproximação do governador com o ministro da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, acelerou as negociações para garantir que na renovação das concessões paulistas de cargas, sob responsabilidade do governo federal, seja incluída a previsão para passageiros. O acordo já está praticamente fechado

Mas e o TCU?

Renovação Antecipada

Uma noticia que saiu no site do Senado chamou a atenção pois impacta o projeto do Trem Intercidades:

“Senadores articulam para que a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), junto com outros atores políticos relevantes, encaminhem um documento oficial ao Tribunal de Contas da União (TCU) propondo a suspensão do processo de renovação antecipada da malha ferroviária paulista

Já uma reportagem da Reuters diz:

Os analistas ponderam (da Credit Suisse), contudo, que não há novos argumentos em relação ao processo e que a maioria das questões apontadas já foram discutidas e consideradas na análise pela equipe técnica da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do TCU. “Por isso, acreditamos que este documento potencial do Senado não deve impactar a opinião final dos ministros do TCU.

O Governo Federal ainda está analisando os pedidos de renovação da MRS.

Até lá, os prazos do Trem Intercidades ainda não são definitivos, podendo variar alguns meses mas não 12 meses.

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Fernando

É engenheiro por formação e entusiasta de obras de mobilidade urbana. Utiliza transporte individual na maioria das vezes mas acompanha e sabe da real e urgente necessidade de investimentos em infraestrutura e principalmente em transporte público aliadas com políticas públicas de redução da pendularidade do sistema de transportes

1 comentário

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  • Não creio também que irá afetar em algo o posicionamento dos Ministros do TCU essa movimentação do Senado. Para ajudar a reforçar essa ideia, uso como exemplo a questão da concessão da Ferrovia Norte-Sul, onde um dos pontos mais atacados pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, além de parlamentares e o Ministério Público Federal era de que a forma como seria realizado o leilão, não iria atrair investidores, pois a FNS não possuía saída para nenhum porto, forçando quem ganhasse a concessão a ter que fazer contrato com as atuais empresas que operam no Brasil para que seus trens pudessem passar. Por conta disso que empresas russas e chinesas, além de outras, deixaram de participar, pois no final das contas, haveria um favorecimento para a VLi e para a RUMO, as quais foram as únicas a apresentarem propostas no final das contas.

    Assim, foi confirmada a suspeita que tanto alardeavam, mas nada foi feito pelo TCU, o qual manteve mesmo assim o leilão. Então, neste caso, creio que não ha um potencial de paralisar esse processo de renovação, ainda mais com um bom alinhamento entre as esferas estaduais e federais.

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