Em entrevista hoje ao jornalista Marco Guarizzo da Rádio CBN Campinas, o Secretário dos Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy comentou sobre o projeto de Trem Intercidades (TIC) e disse algumas informações novas das que tínhamos publicado anteriormente.
Quando perguntado em que pé está o projeto o secretário respondeu:
“a nossa intenção é entregar para que iniciativa privada possa executar a obra. É bom compreendermos que se fosse iniciada uma obra a partir do zero, se não existissem os trilhos, nós precisaríamos de uma licença ambiental, realizar desapropriações, reassentamento de famílias que porventura pudessem viver na rota. Mas não é esse o caso. O caso aqui é que foi travado um debate com o concessionário que opera entre Americana e Campinas e entre Campinas e Jundiaí e que o Governo Federal tinha uma visão considerada diferente da que tem hoje. Temos o Governo Federal nesse momento como aliado pelo Ministério da Infraestrutura para que possamos definitivamente em um cronograma, em conjunto, estabelecer definitivamente a retomada desse projeto para que ele possa sair de fato do papel ainda em 2019 ”
Quanto perguntado da reforma da malha existente falou:
“a malha existente está concessionada e esse é um diálogo que precisa ser solucionado porque o trecho Jundiaí – Campinas precisa ser repassado ao Governo Federal de volta pela concessionária, que é uma empresa privada e o Governo Federal repassar ao Estado de São Paulo. Pode ser um trâmite fácil, rápido mas envolvem ações que não são simples. Nós desejamos caminhar com todas as linhas em paralelo para que nós possamos dialogar com o Governo Federal, para que ele dialogue com o concessionário, para que entregue a linha ao governo, para que o Governo nos repasse a linha existente para que a gente em paralelo faça uma avaliação conforme determinados que fosse iniciada hoje para, reconhecendo os trilhos existentes, saberemos que tipo de intervenção, tamanho de intervenção e melhorias que precisam ser feitas. O transporte de cargas tem uma infraestrutura de trilhos, o transporte de passageiros tem uma outra infraestrutura, inclusive para dar conforto aos passageiros. Não tem como esclarecer o que, como e a que profundidade serão as intervenções nos trilhos na infraestrutura existente, para que possamos entregar um cronograma formal. Dada esse necessidade é que precisamos desse prazo para entender todos os desafios, intervenções e melhorias que se fazem necessárias”
Sobre o trajeto de São Paulo, Campinas e Vale do Paraíba ele falou:
“são projetos que estamos tratando com cronogramas e com etapas distintas. Nós hoje tratamos do projeto que estabelece a cidade de São Paulo até a cidade de Americana. Um trecho São Paulo – Campinas e outro trecho Campinas – Americana para que consigamos vencer casa desafio assim que ele aparece. E também estamos tratando do Vale do Paraíba até São José dos Campos. Há uma recomendação que vá até Taubaté. Estamos também iniciando a retomada do diálogo para que se possa fazer a linha oeste para Sorocaba. Enfim, nós vamos retomada a discussão de todos os projetos do intercidades que haviam sido discutidos. Mas o trajeto entre São Paulo, da Estação da Barra Funda, passando por Jundiaí até a cidade de Campinas é o que está hoje mais adiantado. Esse é o que desejamos traçar um cronograma até a primeira dezena de fevereiro junto com o Governo Federal, dependemos dele, para que consigamos, através do Governo do Estado, da CPTM colocar esse edital até o mês de dezembro de 2019 para que a iniciativa privada possa executá-lo”
Sobre as reformas das antigas estações ferroviárias que estão deterioradas:
“não há duvida que as estações de embarque e desembarque precisam ser sim remodeladas. Assim como nós colocaremos ainda no primeiro semestre a remodelagem absolutamente completa da Estação Barra Funda da cidade de São Paulo, nós estamos também colocando a estação, a título de exemplo, da cidade de Francisco Morato, que percorre na Linha 7 (Rubi). Também é necessário a adequação do embarque/desembarque da cidade de Jundiaí, que é também uma estação bem antiga. Enfim, ao longo do trajeto da existente Linha 7 nós estamos identificando todas as melhorias que precisam ser realizadas. As intervenções, sejam para segurança do trajeto, porque ainda há invasão ilegal por parte dos cidadãos, infelizmente, para que se evite a invasão dos trilhos, que se evite acidentes. Há necessidades de infraestrutura como a energética, uma energização mais qualificada e também é claro o projeto como um todo. Que incluirá absolutamente a melhoria das estações de embarque e desembarque em todo o trecho, seja no trem parador que hoje opera pela Linha 7 – que irá até a cidade de Campinas e posteriormente a Americana, e seja no trem que irá de modo expresso, que ligará a cidade de Campinas a cidade de São Paulo, que é claro, haverá absolutamente necessidade de estações de embarque e desembarque que sejam qualificadas, a altura da necessidade do passageiros hoje que exige e merece”
O jornalista cita a Estação Cultura e que precisa de uma melhoria muito grande em Campinas e o Secretário complementa:
“não há duvidas que as intervenções em todas essas estações são estritamente necessárias. Desde a Barra Funda que nós já iremos proceder esse ano de 2019, uma nova modelagem até a a cidade de Campinas. Se construirá um movo modal de transporte de passageiros que você reconfigura a utilização dessa estação por completo. A Linha 7 hoje transporte hoje meio milhão de cidadãos, trabalhadores, pessoas que todos os dias vem e vão por essas estações existentes, de Jundiaí até São Paulo. Considerando a existência do Trem Intercidades, que vai até Campinas e posteriormente até Americana, é claro que iramos agregar um volume de passageiros, de trabalhadores, que se fará necessário toda uma remodelação das estações para que atenda com qualidade e eficiência”
O Secretário é perguntado então sobre o risco de um lobby contra o Trem Intercidades:
“vou lhe afirmar que não há qualquer possibilidade de um assunto como esse, impedir que o trem intercidades possa se tornar uma realidade. O Governador João Doria está determinado, nos determinou com toda nossa energia, com todas nossas possibilidades e capacidades, que nós consigamos tornar uma realidade o Trem Intercidades durante o governo de João Doria. Não há a preocupação com outros modais que hoje são existente, em termos de concorrência ou não. A nossa preocupação é atender com qualidade e eficiência para que a gente possa agregar novos passageiros, novos cidadãos, que utilizarão o Trem Intercidades no trecho entre Campinas, Jundiaí e São Paulo e posteriormente até a cidade de Americana. Você pode ficar absolutamente tranquilo que na gestão, que agora começou no 1ª de janeiro, do Governador João Doria, nós estamos com foco único que é o cidadão do Estado de São Paulo”
Confira a entrevista completa em que ele fala da questão tarifária e sobre prazos da primeira viagem do Trem Intercidades.
Conclusão
Acredito que a remodelagem será algo parecido com o que foi feito na Estação Luz para o Expresso Aeroporto. Desculpem possíveis erros na transcrição! Vou arrumando conforme for relendo.
Boa noite, Linha 11 Coral na Barra Funda, então nunca mais será.
Esse discurso de remodelagem soa um tanto suspeito, já que até hoje a plataforma 2 (smj) da Barra Funda, que servia justamente à EFSJ, permanece inutilizada desde que o Trem de Prata parou de existir em 1998.
Ta todo mundo falando sobre os TI, mas a pergunta que não quer calar é, o preço para acessar esse serviço será diferente do atual preço do bilhete do metro/cptm? Vai ocorrer algo semelhante ao expresso da L13?
Obviamente será maior. Acredito que seja mais que o Expresso Aeroporto. Chuto uns 16 reais o expresso Campinas (Ônibus é de 30 a 40 reais)
Pelo oq eu entendi (me corrija se eu estiver errado), o TI teria o trajeto Barra Funda – Franciosco Morato – Jundiai – Campinas, isso o tornaria um “Expresso da L7”? E se esse for realmente o trajeto, existiria a possibilidade de pagar somente uma parte do trajeto (exp: Barra Funda – Campinas custa 16, já Barra Funda – Jundiai custaria 8)?
Recebo com muita surpresa essa remodelação da Barra Funda e a saída de lá desse trem intercidades. Para isso foi concebida já a estação Água Branca da Linha Laranja. A Barra Funda já é extremamente sobrecarregada. Acho que vão dar um tiro no pé.
O chuchu tinha prometido o TIC na campanha de 2014 e não saiu nem da pré-viabilidade. Queria apenas UMA razão p/ acreditar que o prefake vai dar uma dentro.
o o trem intercidade para sorocaba
E a linha Sorocaba – São Paulo? Não discutiram nada a respeito.