A lei que autoriza a concessão do Bilhete Único foi sancionada há 1 ano atrás, em outubro de 2017. A prefeitura tem custos anuais de R$ 107 milhões, além de um grande número de fraudes que prejudicam ainda mais o erário público, estimados em R$ 100 milhões pelo governo.
De acordo com o Portal G1, o número de Bilhete Único cancelados por fraude subiu 163% em relação a 2017. Além disso há inúmeras reportagens de telejornais mostrando o “aluguel” de cartões com créditos falsos em frente a estações e terminais.
Em entrevista coletiva no sábado, dia 27, na inauguração da Estação São Paulo Morumbi da Linha 4 Amarela, quando perguntado pelo Ferroviando sobre a concessão do bilhete único, o prefeito Bruno Covas disse que por ele é “para ontem”:
“sobre a concessão do bilhete único nós estamos estudando junto com o Governo do Estado e por mim é para ontem. Quanto antes a gente puder avançar nisso. A Prefeitura tem toda disposição para fazer isso”
Ao lado do prefeito estava o Secretário dos Transportes Metropolitanos Clodoaldo Pelissioni e questionamos a posição do Governo Estadual sobre a concessão do Bilhete Único e se há uma possibilidade de fazer ainda em 2019:
“estamos fazendo os estudos. Temos que conceder junto fazendo um consórcio. Temos um grande interesse, inclusive recebemos uma visita da operadora de cartões Elo do Banco do Brasil. Há uma tecnologia que permite você usar o sistema da linha de bloqueios e habilitá-los para usar o cartão de crédito. Em Londres, metade dos pagamentos já são com pagamentos com débito e crédito. Não precisaria nem ter bilhete mais. Há sim uma possibilidade (sobre conceder ainda em 2019)”.
Conclusão
Espero que também oferecem a opção de pagamento via celular – pagamento por aproximação. Também acredito que essa concessão deve ser feita o quanto antes pois o sistema criptográfico do Bilhete Único já foi quebrado e por isso que diariamente são criados créditos falsos prejudicando ainda mais o sistema.
Já passou da hora da maior metrópole de América Latina ter um sistema de pagamentos moderno, anti-fraudes e com opções de pagamento melhores. Além de poder também ser usado para aluguel de bicicletas e patins para utilização na “última milha”.
Eu acho interessante ter a opção de cartões de crédito/débito tradicionais para usuários eventuais e turistas, mas acho bastante ruim para os usuários habituais do transporte público porque a demora para processar essas transações (em comparação com a de um cartão tipo o Bilhete Único) causaria gargalos consideráveis.
Acho esse artigo sobre o tema bem interessante: https://atadistance.net/2018/03/12/the-contactless-payment-turf-wars-transit/