A concessionária do Metrô do Rio de Janeiro, MetrôRio, divulgou uma notícia terça-feira (12/06), em que libera o embarque de bicicletas dobráveis em todas as estações das linhas 1, 2 e 4, no último carro do trem, durante todo o horário e em todos os dias da semana.
O blog decidiu consultar a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) para verificar se existiam planos para liberação das bicicletas dobráveis tanto no Metrô quanto na CPTM.
Recebemos a seguinte nota que explica o atual política de uso de bicicletas comuns:
“O Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) esclarecem que a entrada de bicicletas no sistema é liberada de segunda a sexta, após as 20h30 e aos finais de semana, a partir das 14h de sábado até o encerramento da operação no domingo, e aos feriados durante todo o dia. São permitidas 4 bicicletas por viagem, embarcadas no último carro de cada trem.”
Sobre as bicicletas dobráveis:
“No momento, não há estudos para ampliação desse horário já que é inviável liberar as bicicletas nos horários de pico, quando as plataformas, estações e trens estão mais cheios. Além disso, a liberação das bicicletas dobráveis poderá causar redução na oferta de lugares, nesse período de grande demanda.”
É razoável o argumento que uma bicicleta dobrável ocupe um certo espaço, assim tirando um espaço de um outro usuário. O peso médio de uma bicicleta dobrável é de dez quilos. Alguns modelos lembram malas de viagens com rodinhas quando dobradas. No horário de pico da Linha 3-Vermelha dificilmente os outros usuários iriam olhar com bons olhos alguém com uma “mala” dessa. A demanda existe e temos que chegar numa solução boa tanto para ciclistas quanto para os outros usuários.
O que poderia ser feito pelo Metrô e pela CPTM, é liberar as bicicletas dobráveis nos horários de vale. Assim estimularia mais o uso das bicicletas como um modal complementar, e com isso poderia até na verdade liberar mais lugares nos horários de pico.
Com a greve dos caminhoneiros, o fluxo de ciclistas na Avenida Faria Lima, que ainda não tem Metrô – aumentou 17,5%, com quase 5 mil viagens a mais.
Conclusão
Quem sabe a STM poderia realizar um projeto piloto para avaliar quantas pessoas realmente usariam bicicletas dobráveis. Como o custo delas ainda é inviável para a maioria dos usuários – uma boa não sai por menos de R$ 600 – o ganho institucional sairia maior que o custo da perda de lugares.
Adicionar comentário