CPTM Linha 12 Linha 7

Até o final do mês a CPTM substituirá os trens da série 1700 da Linha 7 Rubi

Série 1700 da CPTM que circula na Linha 7 Rubi
Série 1700 da CPTM

Para o fãs da Série 1700 que achavam que os trens continuariam operando na extensão da Linha 7 Rubi (Francisco Morato – Jundiaí) até o segundo semestre de 2019, trago más noticias. A CPTM, em resposta ao Ferroviando, pretende tirá-los da operação até o final do mês de junho de 2019. Ainda não foi decidido se terá um evento “despedida” de acordo com a CPTM.

Para a população em geral, finalmente poderão usar trens com ar-condicionado.

Eles foram fabricados pela Mafersa entre o fim dos anos 1970 e o início dos anos 1980 para atender as demandas de São Paulo e Rio de Janeiro. Foram feitos 55 trens de oito carros, em aço inox. A história completa vocês podem ler aqui.

No site da CPTM, ele aparece em operação na Linha 7 Rubi, mas no link de detalhamento da frota eles não aparecem.

Vejam o salão de passageiros nesse vídeo. E para quem gosta do som do motor também:

Para os fãs o trem vai deixar saudade. E sem mais filmagens pela janela. Com os “novos” trens com ar-condicionado isso não será mais possível (janela vedada).

Informações não oficiais é que os trens da Série 7000 é que irão para a extensão pois hoje eles estão como frota ociosa na Linha 12 Safira. Outro fator importante é que como os trens da série 7000 já operaram na Linha 7 não será necessário nenhuma adaptação dos maquinistas com o trem.

A ideia é que assim que chegarem os trens chineses, Série 2500 em agosto de 2019, e o último série 8500 for entregue, final de junho de 2019 – informação exclusiva do Ferroviando – os trens da série 9000 devem ir para Linha 12 Safira.

Coincidência o prazo de junho do último trem da série 8500 e a baixa do TUE Mafersa 700? Não.

Fim da baldeação?

A Linha 7 é a linha mais longa da CPTM com 60,5 km e possui dois trechos:

  • Luz – Francisco Morato com 39 km e demanda de 439 mil passageiros por dia útil*
  • Francisco Morato – Jundiaí com 21,5 km e demanda de 33 mil passageiros por dia útil*.

*Os dados são de demanda são de abril de 2019

Tal diferença faz com que sejam disponibilizados 15 a 19 trens (vale/pico) no trecho de maior demanda. No de menor demanda são apenas 5 trens (pico)

A ideia da CPTM é fazer um loop Luz – Jundiaí e um loop interno Luz – Francisco Morato mas isso ainda não tem previsão para acontecer, portanto o desembarque na Estação Francisco Morato continuará acontecendo no horário de pico.

Acredito que isso só acontecerá com a conclusão das obras da Estação Francisco Morato, previstas para 2020 – mais provável para 2021 na minha opinião.

Enquanto isso o mapa ainda vai continuar assim, diferentemente da Linha 11 que no mapa versão de maio de 2019 aparece como uma “linha” única.


Linha 7 Rubi da CPTM
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Fernando

É engenheiro por formação e entusiasta de obras de mobilidade urbana. Utiliza transporte individual na maioria das vezes mas acompanha e sabe da real e urgente necessidade de investimentos em infraestrutura e principalmente em transporte público aliadas com políticas públicas de redução da pendularidade do sistema de transportes

10 comentários

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  • Diferentemente da linha 11, a baldeação em Morato não é um CAOS e mesmo em horário de pico, é super tranquila, já que a esmagadora maioria da demanda desembarca em Franco da Rocha, Caieiras e Morato.

    Logo, se continuar a baldeação, não será um problema.

    Mas é claro que se a CPTM implantar um loop, melhor ainda, pelo menos dá para o passageiro que for além de Morato ter a opção de esperar vir um dos diretos.

  • Acho que futuramente, se começar a operar até a Estação Cultura, em Campinas, a CPTM tem que adotar uma política de integração tarifada entre as regiões metropolitanas. É muita mamata, e insalubre financeiramente que o cara venha de outra região e pague só R$ 4,30. Valeria pra SJC, caso a CPTM reative o trecho do ramal de São Paulo até lá, se os trens de carga priorizarem a variante do Parateí. Acho que R$ 8,60 (ou 2 passagens) é um valor competitivo e justo pra vir até São Paulo num trem parador, seja da Região de Campinas, do Vale do Paraíba, da Baixada Santista ou de Sorocaba.

  • Espero que a CPTM faça uma viagem de despedida do lendário Mafersa 1700 da Luz até Jundiaí como foi feito nos 1100, eles fizeram parte por 32 anos nas linhas 7 Rubi e 10 Turquesa, se a companhia não fizer, a vida que segue restando lembranças e bons momentos, assistindo vídeos dele.

    Aqui no RJ os primeiros Mafersa 700, a primeira restauração foi feito em 2008 pela Alston foi excelente, perfeito com janelas inteiriças com ar mega potente, já na segunda modernização realizado em 2012 pela TTrans, não foi bem sucedido quanto o primeiro, modificou a mascara que ficou descaracterizado, instalou ar condicionado igual ônibus urbano da Spheros que não dá vazão,manteve as janelas originais sem mexer.

  • Que venha a modernidade novos trens com novo sistema de tração e frenagem ar condicionado e preparado para a grande transformação que a CPTM está passando pena que provavelmente serão trens chineses ou coreanos gerando emprego e renda lá na Ásia

  • É triste ver que um trem tão bom, considerado por muito tempo como o melhor da CPTM seja aposentado, parado, destruído só por não ter ar condicionado. Alguns dizem que a manutenção ficou cara, ora mas é um trem tipo fusca que a equipe da CPTM sempre fez e fazia com os pés nas costas.
    Já os novos trens necessitam de contratos de manutenção terceirizados em função de software desconhecidos e que mantem os segredos.

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